O último Chevolet Opala foi fabricado em 16 de abril de 1992 e fez parte de um evento que celebrou ao mesmo tempo o fim da produção e a produção do veículo número 1 milhão no Brasil, contadas todas as versões do Opala, inclusive Caravan, na fábrica da GM de São Caetano do Sul, no ABC paulista, onde começou a ser produzido em 1968. Neste evento estavam muitos executivos, funcionários da fábrica, convidados, imprensa e também uma Caravan ambulância, igualmente a última fabricada.
Depois do evento o carro recebeu as placas CTH-1992 que foram escolhidas por um gerente da área de comunicação da GM. Este mesmo executivo criou a série Collectors, criada para celebrar o fim da produção. Curiosamente as 100 unidades desta série foram vendidas rapidamente e o último Opala fabricado foi mesmo um Diplomata SE ‘comum’.
O carro continuou nas dependências da fábrica, mais especificamente dentro da oficina. Não foi usado por ninguém, permaneceu zero km porém esquecido no local. Aos poucos algumas peças de acabamento foram retiradas para uso em outros Opala, de clientes VIPs, para atendimento mais rápido enquanto estas peças eram encomendadas e não chegavam das fabricantes. Nessa fase foram retirados forros de porta, forro de teto, pára-brisa e várias outras peças, mas a mecânica se manteve intocada e zero km. A idéia era reinstalar essas peças no carro quando chegassem, mas em muitos casos isso acabou não acontecendo, enquanto que em outros casos foram instaladas peças diferentes das originais, como os bancos.
Em 2002, portanto dez anos depois de sua fabricação, a GM, que desde 1996 montava acervo para criar um museu próprio, fechou parceria com a Ulbra e cedeu todo seu acervo, que incluía dezenas de carros históricos, além de muito material impresso. Tudo foi coordenado pelo mesmo gerente que escolheu a placa CTH-1992, que inteligentemente cedeu o material em comodato e não como doação. O último Opala estava entre os carros que foram para o então nomeado Museu de Tecnologia da Ulbra. Mas como ele continuava parcialmente desmontado no interior, e já levemente descaracterizado, foi encaminhado à área da oficina da Ulbra, aonde seria recuperado para fazer parte da exposição.
Seis anos depois, fim de 2008, o carro continuava na área de oficina do Museu da Ulbra sem ter sido sequer tocado, em estado de completo abandono. Apesar de ainda zero km depois destes 16 anos da fabricação algumas peças já não tinham mais salvação como, por exemplo, os pneus. Sem ser recuperado, o carro nunca foi mostrado ao público que visitava o museu. A Ulbra entra em problemas financeiros graves e a GM encerra o contrato de comodato, e retira os carros, dentre eles o Opala, no estado, além de todo o material impresso. Quem coordenou esta operação foi exatamente aquele mesmo gerente que escolheu a placa, que nessa época não trabalhava mais na GM mas manteve-se ligado à montadora por meio de empresa própria. Todos os carros foram levados para a fábrica da GM de São José dos Campos, no interior de São Paulo, enquanto que o material impresso foi doado à Anfavea.
- A GM decide que não vai manter o acervo e promove um leilão eletrônico via internet para venda dos veículos, dentre eles o último Opala, no estado. Quem coordena este leilão é aquele mesmo executivo que escolheu as placas CTH-1992. O leilão é aberto apenas a funcionários e concessionários da GM. Todos os carros são vendidos em 17 minutos. O último Opala é adquirido pelo vice-presidente da GM.
O vice-presidente pede ao próprio executivo que coordenou a retirada dos modelos do museu, além do leilão, que cuide da recuperação do último Opala, que continuava em estado de abandono apesar de zero km.
- O executivo começa a pensar em como conseguir as peças de acabamento do carro que estão faltando. Após levar o carro para oficina própria, ao abrir o porta-malas, surpresa: praticamente todas as peças necessárias, novas, estavam lá dentro, como os forros de porta. Estas peças eram aquelas encomendadas na época em que o Opala ficava na oficina da GM para substituir as retiradas para consertos de outros Opala, e que nunca haviam sido reinstaladas.
- É iniciado o processo de restauração do carro, que foi muito rápido por esta situação inusitada. O executivo opta por manter algumas partes que haviam sido modificadas anteriormente, como bancos, emblemas em posição errada e outros pequenos detalhes justamente para preservar a história única do carro. Ainda faltavam algumas peças, que não estavam no porta-malas e que o executivo consegue garimpar e encerrar por completo a restauração do último Opala.
- O carro é entregue ao proprietário, que mora em São Paulo. Isso aconteceu há cerca de dois anos. Desde então o Opala rodou 167 quilômetros, e só.
Hoje o carro fica guardado em uma garagem de um prédio residencial, junto com mais duas preciosidades da GM que também pertencem ao mesmo proprietário e que também são cuidados por aquele mesmo executivo que originalmente escolheu a placa CTH-1992. Os vizinhos, entretanto, nem desconfiam que trata-se do último Opala fabricado no País. Semanalmente o carro é ligado e movimentado para frente e para trás dentro da própria garagem, e o proprietário evita a qualquer custo sair com o Opala à rua para evitar qualquer tipo de acontecimento que possa danificá-lo. Às vezes, normalmente com aquele mesmo executivo que escolheu suas placas ao volante, o carro sai para dar umas voltinhas, em dias de sol, para acelerar o motor 4.1, onde aproveita-se para calibrar os pneus e lavá-lo.
Depois do evento o carro recebeu as placas CTH-1992 que foram escolhidas por um gerente da área de comunicação da GM. Este mesmo executivo criou a série Collectors, criada para celebrar o fim da produção. Curiosamente as 100 unidades desta série foram vendidas rapidamente e o último Opala fabricado foi mesmo um Diplomata SE ‘comum’.
O carro continuou nas dependências da fábrica, mais especificamente dentro da oficina. Não foi usado por ninguém, permaneceu zero km porém esquecido no local. Aos poucos algumas peças de acabamento foram retiradas para uso em outros Opala, de clientes VIPs, para atendimento mais rápido enquanto estas peças eram encomendadas e não chegavam das fabricantes. Nessa fase foram retirados forros de porta, forro de teto, pára-brisa e várias outras peças, mas a mecânica se manteve intocada e zero km. A idéia era reinstalar essas peças no carro quando chegassem, mas em muitos casos isso acabou não acontecendo, enquanto que em outros casos foram instaladas peças diferentes das originais, como os bancos.
Em 2002, portanto dez anos depois de sua fabricação, a GM, que desde 1996 montava acervo para criar um museu próprio, fechou parceria com a Ulbra e cedeu todo seu acervo, que incluía dezenas de carros históricos, além de muito material impresso. Tudo foi coordenado pelo mesmo gerente que escolheu a placa CTH-1992, que inteligentemente cedeu o material em comodato e não como doação. O último Opala estava entre os carros que foram para o então nomeado Museu de Tecnologia da Ulbra. Mas como ele continuava parcialmente desmontado no interior, e já levemente descaracterizado, foi encaminhado à área da oficina da Ulbra, aonde seria recuperado para fazer parte da exposição.
Seis anos depois, fim de 2008, o carro continuava na área de oficina do Museu da Ulbra sem ter sido sequer tocado, em estado de completo abandono. Apesar de ainda zero km depois destes 16 anos da fabricação algumas peças já não tinham mais salvação como, por exemplo, os pneus. Sem ser recuperado, o carro nunca foi mostrado ao público que visitava o museu. A Ulbra entra em problemas financeiros graves e a GM encerra o contrato de comodato, e retira os carros, dentre eles o Opala, no estado, além de todo o material impresso. Quem coordenou esta operação foi exatamente aquele mesmo gerente que escolheu a placa, que nessa época não trabalhava mais na GM mas manteve-se ligado à montadora por meio de empresa própria. Todos os carros foram levados para a fábrica da GM de São José dos Campos, no interior de São Paulo, enquanto que o material impresso foi doado à Anfavea.
- A GM decide que não vai manter o acervo e promove um leilão eletrônico via internet para venda dos veículos, dentre eles o último Opala, no estado. Quem coordena este leilão é aquele mesmo executivo que escolheu as placas CTH-1992. O leilão é aberto apenas a funcionários e concessionários da GM. Todos os carros são vendidos em 17 minutos. O último Opala é adquirido pelo vice-presidente da GM.
O vice-presidente pede ao próprio executivo que coordenou a retirada dos modelos do museu, além do leilão, que cuide da recuperação do último Opala, que continuava em estado de abandono apesar de zero km.
- O executivo começa a pensar em como conseguir as peças de acabamento do carro que estão faltando. Após levar o carro para oficina própria, ao abrir o porta-malas, surpresa: praticamente todas as peças necessárias, novas, estavam lá dentro, como os forros de porta. Estas peças eram aquelas encomendadas na época em que o Opala ficava na oficina da GM para substituir as retiradas para consertos de outros Opala, e que nunca haviam sido reinstaladas.
- É iniciado o processo de restauração do carro, que foi muito rápido por esta situação inusitada. O executivo opta por manter algumas partes que haviam sido modificadas anteriormente, como bancos, emblemas em posição errada e outros pequenos detalhes justamente para preservar a história única do carro. Ainda faltavam algumas peças, que não estavam no porta-malas e que o executivo consegue garimpar e encerrar por completo a restauração do último Opala.
- O carro é entregue ao proprietário, que mora em São Paulo. Isso aconteceu há cerca de dois anos. Desde então o Opala rodou 167 quilômetros, e só.
Hoje o carro fica guardado em uma garagem de um prédio residencial, junto com mais duas preciosidades da GM que também pertencem ao mesmo proprietário e que também são cuidados por aquele mesmo executivo que originalmente escolheu a placa CTH-1992. Os vizinhos, entretanto, nem desconfiam que trata-se do último Opala fabricado no País. Semanalmente o carro é ligado e movimentado para frente e para trás dentro da própria garagem, e o proprietário evita a qualquer custo sair com o Opala à rua para evitar qualquer tipo de acontecimento que possa danificá-lo. Às vezes, normalmente com aquele mesmo executivo que escolheu suas placas ao volante, o carro sai para dar umas voltinhas, em dias de sol, para acelerar o motor 4.1, onde aproveita-se para calibrar os pneus e lavá-lo.